Segundo Kohlberg, existem seis fases de ordem invariável, em que se desenvolve a moralidade. Utilizou o método clínico de Piaget, entrevistas e apresentações de histórias para serem comparadas e julgadas.
Kohlberg cita as fases para as quais o indivíduo tem que passar para evoluir, porém, para ele, muitos adultos não passam do 3º estágio, onde estão presente as expectativas interpessoais mútuas, relacionamentos e conformidades interpessoais. E através de uma série de estudos e pesquisas, elaborou um esquema de desenvolvimento moral definido em três níveis e seis estágios. Percebeu, então, que há tendências etárias quanto ao raciocínio moral encontrado nas respostas, definindo os estágios baseando-se no modo como as crianças respondiam aos dilemas apresentados.
A conclusão de Kohlberg:
NÍVEL UM: MORALIDADE PRÉ CONVENCIONAL
Neste primeiro nível de desenvolvimento, o julgamento moral da criança baseia-se em critérios externos, ponderando se ela vai ou não ser castigada. Os padrões de certo e errado parecem absolutos a essa criança, já que são dispostos por figuras de autoridade inquestionável: os pais.
Estágio 1 (moralidade heterónoma): orientação para obediência e castigo; a criança pequena não tem respeito pela autoridade, apenas reconhece que os pais são mais poderosos; a definição da criança do certo e o errado está vinculada à noção de que uma pessoa deve obedecer às ordens para que possa evitar punição.
Estágio 2 (trocas instrumentais): orientação ingenuamente egoísta, individualista; as pessoas devem agir para atender às suas próprias necessidades e deixar que as outras façam o mesmo; "amor com amor se paga"
NÍVEL DOIS: MORALIDADE CONVENCIONAL
Neste nível de desenvolvimento, a base da criança para o raciocínio moral transferiu-se das consequências do comportamento para as normas e expectativas do grupo. O grupo de referência pode ser a família, a nação ou os amigos na escola, mas o que o grupo define como certo é certo aos olhos da criança.
Estágio 3 (relações interpessoais mútuas): orientação do bom menino e boa menina; a criança esforça-se para agradar e auxiliar os outros; existe a preocupação de ser uma boa pessoa diante os seus próprios olhos e os dos outros.
Estágio 4 (sistema social): orientação de manutenção da autoridade e ordem social; a moralidade é basicamente orientada, sob uma perspectiva social, para o cumprimento do dever, respeito pela autoridade e manutenção da própria ordem social.
NÍVEL TRÊS: PÓS CONVENCIONAL (PRECEITUAL)
No nível mais alto do raciocínio moral o jovem (agora perto da fase adulta) reconhece a arbitrariedade de convenções e leis convencionais. Esse é o período em que se desenvolvem os próprios padrões pessoais de comportamento, que podem ou não conformar-se com os padrões dos outros.
Estágio 5 (contrastes sociais e direitos individuais): orientação contratual legalista social; o certo e o errado são definidos a partir de leis e regras institucionalizadas;
Estágio 6 (princípios éticos universais): orientação de consciência ou de princípios; a conduta é orientada por valores ideais internalizados.